Live Like a Knight || cap. O9

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A menina continuava agarrada ao seu pai, mas ao ouvir as palavras de Michael mostrou um sorriso. Ela estava tão aliviada, tão feliz. O seu pai estava bem, ninguém na sua família resultara ferido. Com tudo isto ela sentia a necessidade de abraçar alguém, ela era uma rapariga que sempre que se ia abaixo emocionalmente adorava receber um abraço bem apertado. Michael ao olhar para ela percebeu isso, ele conhecia-a muito bem para saber o que ela necessitava, por isso puxou-a para si e abraçou-a com toda a força que tinha, Rafaela abraçou Michael e continuava a sorrir. Mas algo faz com que Rafaela e Michael se separem, ouvia-se um barulho um pouco estranho detrás da porta. Algo estava a raspar na porta. Rafaela e Michael entre-olharam-se sorrindo, sabiam do que se tratava, a menina levantou-se, limpou as lágrimas e foi até à porta. Abriu a porta um pouco e a porta foi contra Rafaela, fazendo com que ela caísse ao chão, daí um pastor-alemão saltou por cima da menina e foi ter com Michael como se quisesse saber se ele estava bem e dando-lhe carinho com o focinho. Rafaela ainda no chão olha para o cão.

- Rex!! – gritou Rafaela já no chão.

- Então, Rex? Isso não se faz a minha afilhada favorita – ouvia-se uma voz que entrava no quarto de Michael, um homem da mesma estatura de Michael e Luís, trazia um colete de um fato cinzento um pouco mais confortável vestido. O seu cabelo era castanho, e um pouco grande, ele ajudara Michael a subir para o quarto quando chegaram – mas como é para ires ter com o Michael… eu perdoo-te

- Por mim podes manda-la ao chão quantas vezes quiseres – disse Luís que acompanhava Richard.

-Tio Richard, tio Luís… - disse Rafaela olhando para eles com uma cara de cãozinho abandonado, mas em seguida mudou a sua expressão para uma mais zangada na brincadeira – Primeiro. Obrigada pela parte que me toca – disse enquanto Richard se aproximava dela e a ajudava a levantar – e segundo. É normal que seja a favorita, sou a única, não é?

- Já foste, Richie! – disse Luís

- Não podem ser assim para mim!! Tio Luis, Tio Richard!

- Desculpa, Querida – disse olhando para Rafaela que já estava de pé.

‘’O meu tio… Richard Miles Moser.  É o irmão mais velho da mamã, nasceu no dia 20 de Junho de 1970, gosta de atletismo e tenta correr todas as manhãs, até porque o trabalho dele exige boa forma, ele trabalha no Departamento de Justiça da Cidade, faz parte da Investigação de Homicídios, ele e a mamã faziam parte da mesma equipa, eram eles os dois, mais dois colegas ah! E claro o Rex. O Tio Richard veio morar cá para casa quando a mamã também veio, o papá contou-me que os meus avós da parte da mamã morreram quando a mamã era pequena, e que desde esse momento o tio tomou sempre conta da mamã, até quando a mamã tinha 19 anos e o tio tinha 21, foi quando a sua casa foi incendiada e destruída por um grupo que queria vingança deles, desde então eles vivem aqui na mansão Knight.’’

- Não faz mal, tio!

- Então também me perdoas a mim? - disse Luís

- hmmm... não sei. Vou pensar nisso. - disse rindo

- ehhhh???

- Como estás, Michael?

- Estou…

Entra no quarto um homem com um ar de preocupação e cansaço, notava-se que tinha vindo à pressa. Era um senhor com um fato, muito bem arranjado, o seu cabelo branco mostrava toda a idade e experiência que o senhor já vivera e aqueles olhos azuis mostravam toda a preocupação que ele poderia viver.

- Estás bem, filho?

- Estou, pai – disse Michael – já estou pronto para outra! - disse piscando o olho e mostrando o polegar.

Michael sorriu para todos enquanto ‘’ou não’’ pensava Rafaela. Rafaela olhou para Michael com uma expressão tal que Michael entendeu o que ela pensara.

- Ainda bem… não têm noção de como a ‘’Barata Tonta’’ tem passado a tarde – disse Luís na brincadeira baixinho

- Barata Tonta? – perguntou Devon indignado

- Medo… eu vou levar… o Rex daqui – disse Richard tentando fugir

- Eu… eu… vou ter com o Kero… ele queria falar comigo… - disse Rafaela também tentando fugir

- AH!!! ….. A Bonnie tinha chamado por mim – disse Luís fugindo e escondendo-se atrás da porta do quarto de Michael.

- Eu… tenho uma coisa… no KITT… tenho de ir lá buscar – disse Michael na esperança de fugir

- Ok… - Devon percebeu que todos estavam a tentar fugir, inspirou fundo – Michael! Rafaela! Quero os dois no meu Gabinete daqui a 10 minutos! - E saiu do quarto indignado, como se estivesse zangado com todos.

- O meu gabinete... O meu gabinete?! Ele nunca disse isso… - disse Michael – estou tão tramado…

- Boa sorte para os dois – desejou Richard

No gabinete de Devon, passado os 10 minutos, aparecem Michael e Rafaela, Michael vinha apoiado por Rafaela, pois não se aguentava em pé.

- Finalmente chegaram! – disse Devon sentado na sua secretaria estava vestido com um fato, mas havia tirado o casaco, e tinha endireitado o seu fato, estava apenas com a camisa, e estava um pouco mais à vontade. Os olhos dele mostravam agora toda a serenidade que faziam parte dele - Vejo que estás fantástico, Michael. O que me deixa mais descansado é saber que nem sequer forças tens para ir a procura de ‘outra’ destas – disse sarcasticamente

- Eu estou bem, pai!

- Nota-se! – disseram Rafaela e Devon ao mesmo tempo olhando para Michael de lado. (¬ ¬)

- Avô, o que querias dizer?

‘’O meu avô… Devon Knight. Ele nasceu no dia 8 de Abril de 1952, está encarregue da fundação – FLAG – Fundation for Law And Goverment – foi ele e o Tio Wilton que a fundaram, o avô é bastante preocupado com os filhos, talvez porque já sofreu bastante, a avó morreu nos braços do avô quando o papá era pequeno e então o avô teve de criar o papá e os tios, e ele gostava muito da avó, dá para ver quando ele olha para a fotografia dela, e também sofreu com a morte do seu irmão mais velho, o Tio Wilton, e da mamã, o avô tinha uma enorme ligação com a mamã, o avô é amável, directo, ajuda todos, tem postura, é sereno, Mas… apesar de se zangar raramente, quando se zanga, ninguém quer ver, dizem que o avô zangado é do pior que existe, eu nunca vi o avô zangado, o avô também toca, toca piano, apesar de ter iniciado com Violino depois passou para piano, ele deu muitas dicas a mamã no violino e ao papá no piano. O avô Devon está agora à frente da fundação, no entanto está sempre preocupado com os seus filhos quando têm alguma missão ou assim.’’

Batem à porta.

- Sim?

- Pai? – Disse Bonnie entrando - Posso raptar a Rafa por 2 minutos?

- Eu precisava de falar com ela, mas vai lá o Michael depois fala com ela

- Obrigada.

Rafaela levantou-se olhou para Michael e Devon, depois foi ter com Bonnie e saíram. Ao ver a sua tia fechar a porta, lembrou-se do que sucedera na aula de oboé.

- Ah! Tia Desculpa! – baixou o olhar enquanto começaram a andar – eu deixei-te sozinha, com as minhas coisas e sem transporte, e o Senpai…

- Não faz mal.. eu entendo como te sentes

- Nya! O Senpai – disse com uma voz que mostrava todo o medo que sentia – ele deve ter-se passado comigo, de certeza que esta super zangado. Ele vai matar-me!

- Não te preocupes com isso. Sim, foi ele que arrumou as tuas coisas e deu-me boleia até casa, mas acho que ele não se vai chatear assim contigo. Mas tens de pedir-lhe desculpas

- Gomene. Mas eu farei isso! Vou pedir-lhe desculpa, como sempre.

No Gabinete de Devon, permaneciam os dois olhando um para o outro Michael sentia que o seu pai não lhe daria boas noticias e começava a ficar com receio disso. Devon estava sentado na sua secretaria olhava para Michael com preocupação.

- Michael, de certeza que sabes que a policia foi até ao Hotel Central, pelo que parece a pedido do KITT

- Eu sei. O KITT chamou-os antes de nós amarrarmos a corda à janela.

Devon ficou a olhar para Michael chocado. Amarrar uma corda à janela, na condição em que Michael chegara a casa, como ele aguentara?

- à janela?

- sim, nós descemos pela janela

- Filho, o que se passou? – Devon queria saber que loucura fizera Michael para manter Rafaela em segurança, mas depois resolveu contar o que se passava - espera! Contas mais tarde... é que apanharam um homem que confessou trabalhar com a Tanya, ele era um empregado do hotel, ao que parece ajudou a Tanya à 17 anos. Mas ela foi vista com mais um e tanto esse como ela ainda não foram apanhados, por isso penso que é melhor ter agora cautela… - colocou os braços em cima da secretaria e inclinou-se para a frente - tu és o seu alvo e virão atrás de ti!

- Eu sei. E utilizarão qualquer meio para chegar até mim – neste momento, ao pensar nisto, apareceu na mente de Michael a imagem de alguém que ele queria proteger – Rafaela!

Devon ficou a olhar para o seu filho com uma cara interrogativa, porque seria que Michael falara em Rafaela. Será que ele sabia algo que os outros não.

- Quando fugíamos pela janela, a Rafaela foi vista comigo, eles cortaram a corda e ela começou a cair do 2º andar, eles viram que o KITT a salvou…- bate na mesa com o punho magoado, sentiu a dor mas simplesmente não ligou para isso, agora estava preocupado - se eles se atrevem a tocar num cabelo que seja do meu tesouro… não lhes perdoo… -olha para Devon - Pai?

- Sim, filho?

- Podemos fingir que já esta tudo bem? – disse olhando para Devon - Finjamos que já não há mais criminosos lá fora…eu não quero ver a Rafaela como vi há bocado.. Não contemos nada disto à Rafaela, por favor!

Batem à porta e Rafaela entra.

-Voltei! O que era para falar, mesmo? – disse sentando-se na cadeira

Devon pensou no pedido de Michael. Por um lado era bom a Rafaela saber, estar à espera que algo pudesse acontecer, prepara-la para qualquer coisa, mas por outro lado, Michael tinha razão, era bom mante-la na inocência, não iriam coloca-la numa situação em que ela pensasse que tudo poderia ser para atacar.

- Já acabou! – disse Devon olhando para Michael como que a dizer que faria o que lhe pediu e depois levantou-se e saiu da sala para não dizer mais nada a Rafaela.

- Era para nos dar na cabeça, não vais querer ouvir, ele ficou mesmo obcecado com o da barata tonta  - falou baixinho à menina, depois  tentou levantar-se mas, mais uma vez, ainda não tinha força suficiente para aguentar-se de pé, então encostou-se à mesa

- Pai? – disse preocupada. Depois suspirou, sabia que Michael não lhe diria que não estava bem – Anda, eu ajudo-te.

Passado um bocado, já todos tinham ido cada um para a sua cama dormir, a Rafaela saiu do seu quarto e foi ao de Michael, bateu à porta, entrou e fechou a porta. Michael já estava deitado, apesar de estar acordado, Rafaela dirigiu-se até à cama de Michael, ficou de pé ao lado da cama de Michael

- Papá? – disse ela de pé olhando para Michael que estava deitado - Posso dormir aqui contigo hoje?

Michael ficou surpreendido com a pergunta, já fazia alguns anos que Rafaela não fazia aquela pergunta. Michael sorriu.

- Claro!

- Sugoee...

Rafaela deitou-se ao lado de Michael, era o lugar de Joana e desde sempre era onde, nas noites em que a Rafaela tinha medo de alguma coisa ou se sentia insegura se deitava, encostou-se a Michael ‘’O calor do meu papá’’ e adormeceu, Michael que olhava para Rafaela adormecida

- Não deixarei que nada te aconteça!

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