Live Like a Knight: Um Tiro na Noite Escura II
Na recepção da fundação, Luís e a rapariga separaram-se de Michael e Joana que subiram até ao gabinete de Devon.
- Espero que o meu irmão consiga saber mais alguma coisa.. - comentou Joana olhando para o chão com algo de preocupação.
- Não te preocupes, vamos resolver isto - disse sorrindo e tentando anima-la enquanto olhava para ela.
Quando chegaram ao escritório de Devon, Michael bateu à porta, quando ouviu a voz do pai, abriu a porta deu licença para Joana passar e passou logo a seguir a ela.
- Bom dia, Devon! - disse a jovem sorrindo
- Oh.. que agradável surpresa.. Bom dia! - disse levantando-se e aproximando-se da jovem para a cumprimentar - E está tudo bem?
- Mais ou menos...
Devon ficou preocupado com a resposta da rapariga, quando olhou para Michael notou que este tinha algo para lhe dizer, mas não encontrava as palavras certas. Devon ficou mais sério e sentou-se na sua cadeira, ao olhar para o seu pai e ter notado que ele já havia percebido que algo não estava bem, Michael encostou-se ao sofá branco que estava um pouco mais à frente da secretária de Devon enquanto que Joana se sentou na cadeira em frente de Devon.
- Pai...
- O que se passa, Michael?
- O departamento de justiça está a investigar mais um homicídio - disse Joana
Michael olhou para Joana, notou que ela havia percebido o quanto ia custar-lhe contar ao seu pai a triste noticia, e para isso tomaria o lugar de Michael, seria ela a falar. Ele notou a determinação de Joana em contar a Devon o que sucedera.
Michael olhou para Joana, notou que ela havia percebido o quanto ia custar-lhe contar ao seu pai a triste noticia, e para isso tomaria o lugar de Michael, seria ela a falar. Ele notou a determinação de Joana em contar a Devon o que sucedera.
- Um homicídio?
- Sim, e Devon, vc é uma das pessoas que queremos interrogar... - disse Joana com algo de custo
- Eu?
- Desculpe, Devon...
- Não te preocupes com isso - disse Devon sorrindo, ele já sabia que nenhum dos dois o queria magoar, mas parecia que isso seria impossível.
- O Robert Ich foi encontrado morto esta manhã!
Devon ficou incrédulo, jamais passaria na sua mente que fosse aquilo que os meninos tanto queriam contar.
- O Robert?
- Sim.. desculpe... - Joana baixou o olhar, custou-lhe muito ver aquela cara de Devon. Ela olhou para Michael que também estava preocupado com o seu pai.
- Tu não tens de pedir desculpa... - disse Devon tentando sorrir para a rapariga - como é que ele foi morto?
- Com uma bala directa ao coração. O Dr. Al disse que a morte foi praticamente instantânea. E segundo o meu irmão, a arma do crime é uma arma muito rara. Uma famosa arma Black Rose.
- O Robert era um grande amigo.. era o melhor amigo da tua mãe - disse olhando para Michael
Michael olhava para o pai com uma grande mágoa, mas ao ouvir as ultimas palavras do pai este ficou espantado. Devon tentava recompor-se, era sem dúvida algo que o deixava triste, mas era preciso concentração.
- Precisavas de falar comigo...
Joana olhou para Devon admirada. Ela pensava que Devon fosse pedir para ficar sozinho ou para não falarem no assunto, ela nunca pensou que ele fosse continuar com toda aquela postura ocultando a sua tristeza.
- Mas Devon.. eu posso...
- Se ajudar-vos a apanhar quem fez isto... quanto mais depressa, mais depressa o apanham, não é?
Joana parou para pensar se continuava ou não, olhou para Michael, mas este assentiu ao que o pai tinha dito, por isso ela ganhou forças e começou a fazer as perguntas a Devon.
- O KITT e o Luís disseram que vc esteve com o Sr. Ich ontem, é verdade?
- É, sim
- E sobre o que falaram? Pode contar?
- Claro! Ele veio cá porque é um dos directores da fundação, mas como está demasiado ocupado no estrangeiro, decidiu vir aqui pedir para deixar de ser um e passar a ser um colaborador da fundação..
- Sabe se alguém andava a ameaça-lo?
- Que eu saiba não.. - Devon parou para pensar - talvez..
- Talvez?
- Não eram ameaças, mas ele comentou-me que tinha uma rapariga que estava a exagerar com o seu ''amor'' por ele ou, como eu digo, da sua carteira.
- Uma rapariga?
- Sim, mais ou menos da vossa idade.
- Mas, pai, ela tem idade para ser filha dele!
- Eu sei, Michael, mas vai lá tu dizer isso à rapariga!
- Mas Devon.. disse exagerar.. como assim?
- Ela confessou-se na segunda vez que se viram numa das festas da Forested, como ele rejeitou-a ela tem mandado muitos folhetos e cartas para se encontrarem, que não consegue viver sem ele, entre muitos outros
- Essa rapariga parece doente! - comentou Joana - Devon ele disse-lhe o nome da rapariga
- Ele não mo disse... mas quando me mostrou uma carta dela, estava assinado como ''A T que te adora''
- A T que te adora?
- Ele não mo disse... mas quando me mostrou uma carta dela, estava assinado como ''A T que te adora''
- A T que te adora?
Passaram-se semanas, e o caso da morte de Ich ainda não havia sido resolvido. Michael voltava a casa depois de uma grande discussão com Joana. Ele estava completamente desanimado e irritado, mas não com ela, consigo mesmo. Ao entrar em casa, notou que aquela rapariga que havia sido salva no dia do homicídio estava sentada no sofá da mansão Knight.
- Olá Michael! - disse-lhe levantando-se do sofá e aproximando-se de Michael, seduzindo-o - não te queres sentar um pouco a meu lado?
- Olá Tanya! - disse num tom frio - Não! O meu pai está em casa?
- Sim.. está ali dentro com o teu irmão. - disse apontando para o escritório de Devon
Michael não pensou duas vezes e seguiu para o escritório. Tanya, era a rapariga que foi encontrada no locar do crime, desde então ela passa praticamente a sua vida em casa dos Knight devido a Luís, no entanto há algo que ela quer em Michael, porque quando ela está com Michael comporta-se de maneira diferente, tentando seduzir o rapaz. A rapariga uns dias depois de ter sido encontrada, havia lembrado o seu nome, Tanya Walker, era o seu nome, era o nome por quem Luis Knight estava totalmente apaixonado.
Michael abriu a porta do escritório, passou e voltou a fechá-la. Tal como Tanya havia dito, estavam Devon e Luís, mas o ambiente não parecia dos melhores...
Michael abriu a porta do escritório, passou e voltou a fechá-la. Tal como Tanya havia dito, estavam Devon e Luís, mas o ambiente não parecia dos melhores...
- Então é melhor acabar aqui a conversa! - disse Luís irritado e virando as costas a Devon
Zangado, saiu do escritório quase atropelando Michael. Devon inspirou fundo e sentou-se na cadeira, colocando as suas mãos na cara. Ao que parece Michael interrompeu uma grande discussão. Devon voltou a inspirar fundo e olhou para o seu outro filho que permanecia em frente da porta.
- O que se passa, filho?
- Não é nada! - disse Michael sentando-se em frente do pai desanimado
- É alguma coisa! Eu conheço-te!
- Tive uma discussão com a Joana
Devon olhava para Michael espantado, eles namoravam há muito tempo e nunca tinham tido uma discussão para deixar Michael assim. Michael estava completamente arrasado, não sabia o que fazer nem como fazer.
- O que se passou?
- Ela disse que a Tanya está a esconder alguma coisa
- Ela acredita mesmo nisso, filho! Para a Joana, a Tanya está a mentir. Eu também acho estranha, essa rapariga.
- Ela também disse que a Tanya se atira a mim.
- hmmm.. é verdade que quando o teu irmão não está, ela te trata de maneira bem diferente e bem mais.... ''carinhosa''.
- Pai!
- Estou a constatar factos! - disse Devon olhando para Michael - Eu sei que tu amas a Joana. E ama-la assim tanto que o facto da Tanya te andar a seduzir não te afecta simplesmente. O que é verdadeiramente importante para ti não é a Joana?
- Sim... Mas o que mais me irrita nisto tudo.. sou eu - disse baixando o olhar - com os nervos e raiva acabei por dizer coisas que não queria
- Filho, tens de compreender primeiro o que é isso tudo junto. Aconselho-te a ires falar com a Joana, a esta hora ela deve estar muito abalada, talvez a chorar...
Michael ao ouvir o pai falar na sua namorada olhou para o pai incrédulo. E os seus pensamentos passaram tão de repente que ele interrompeu Devon.
- Eu deixei-a sozinha. - levantou-se - Obrigado, pai.
Michael saiu a correr enquanto Devon colocava as mãos em frente da cara esperando que a situação de Michael e Joana se resolvesse.
O jovem Knight chegou a casa da namorada, tocou à campainha e foi quando a sentiu aproximar-se da porta, realmente o seu pai tinha razão, ela estava a chorar, podia sentir tudo isso, e o motivo de ela estar assim era apenas dele. Joana encostou-se de costas na porta de casa sem a abrir.
- Vai-te embora, Michael!
- Não posso! - Michael apoiou-se na porta do lado de fora, depois de ouvir aquela vozinha que Joana mostrara com todas as certezas que a menina estava a chorar, Michael começava a sentir as suas lágrimas a cair, ele não queria mesmo perder a mulher da sua vida, não queria deixa-la ali a chorar sozinha. Mas odiava-se demasiado pois deixara Joana naquele estado - Desculpa.. eu fui um idiota contigo. Mas prefiro morrer com um tiro na cabeça a viver contigo zangada comigo.
Joana ia cedendo com as palavras de Michael mas sentia-se muito magoada com o facto do namorado não ter acreditado nela sobre Tanya, será que era porque Tanya era aparentemente mais linda e sexy que ela? Estas questões vagueavam pela mente de Joana, que permanecia encostada à porta.
- Desculpa... talvez tu não mereças alguém como eu - disse Joana menosprezando-se enquanto caia encostada à porta a chorar
- Joana!
- Por favor, Michael... não consigo agora....
Michael ficou ali um pouco a ouvir Joana chorar do outro lado da porta, enquanto as suas lágrimas também caiam pelo seu rosto. Michael não sabe quanto tempo levou ali, mas quando sentiu que Joana acalmara um pouco resolveu sair, não estava no seu direito deixar a jovem naquele estado e ainda ficar ali a piorar a situação e os sentimentos dela. Naquele momento a pessoa que mais odiava era a si mesmo, entrou no carro e seguiu para casa.
- Não conseguiram resolver as coisa? - perguntou KITT notando que Michael continuava triste desanimado
- Não..
- Não te preocupes, Michael, vocês amam-se de certeza que ficarão bem - disse KITT tentando animar Michael
Sem querer Michael começou a pensar no caso da morte de Ich, a sua mente vagueou até ao momento em que o encontrou morto e foi passando até esse dia, foi então que notou muitas coisas. Muitas coisas que Joana tinha referido são verdade.
- Como é possível.. e eu que me considerava um bom salva vidas..
- O que foi Michael? - perguntou KITT sem ter mínima ideia do que comentava Michael.
- A nossa amiga, tem estado a gozar com a nossa cara!
- Qual amiga?
- A Tanya Walker! E eu que não acreditei na Joana... Sou mesmo um idiota!
Michael decidiu a partir daí seguir Tanya e conferir tudo o que esta fazia, decidiu abrir os olhos e pediu a KITT para fazer o mesmo. Dois dias se passaram e Michael estava na fundação com Luís, foi então que Tanya apareceu e abraçou Luís.
- Olá Michael. - disse friamente
Michael notou o que todos diziam, quando Luís não está por perto ela trata-o de maneira bem diferente. Ainda há uns minutos sem Luís ela queria sentar-se ao colo de Michael e consola-lo por ter terminado com Joana e agora esta lhe fala friamente como se o odiasse. Como é que ele não havia notado? Com o passar do tempo Luís comentou sobre a Mon Chéri, ou melhor Michael fez o possível para Luís falar nela.
- Ohh.. a Mon Chéri deve ser mesmo linda.. - disse Tanya sorrindo - e eu que nunca a vi... onde a têm guardada?
- Não sei - disse Luís - mas acho que quem a tem é o meu pai.. só pode ser ele
- E podemos ir vê-la?? - pedia Tanya a Luis com carinho enquanto lhe acariciava o cabelo
- Não podemos! - disse Michael olhando para Tanya fingindo - Se é o meu pai que a tem, ela deve estar no cofre no escritório dele.
- O pai está no escritório agora...
- E podemos ir vê-la?? - pedia Tanya a Luis com carinho enquanto lhe acariciava o cabelo
- Não podemos! - disse Michael olhando para Tanya fingindo - Se é o meu pai que a tem, ela deve estar no cofre no escritório dele.
- O pai está no escritório agora...
Tanya sorriu. E depois deu um beijo na bochecha de Luís que ficou completamente sem saber o que fazer. Michael sorriu, acabara de ouvir tudo o que queria assistir.. realmente ela estava interessada na Mon Chéri, e agora que Michael tinha toda a certeza, bastava concluir o seu plano, e isso seria concluído durante essa noite. Quando a noite caiu Michael estava ao pé de KITT que estava ao lado do carro de Tanya, em frente da fundação.
- Para quem não sabia quem era à uns dias... já tem um grande carro.. deve ser o seu lado espanhol/italiano.
- Espanhol/Italiano? - perguntou KITT
- Sim! Ela inicialmente disse que nascera em Itália, mas depois nascera em Madrid, e no final não sabe falar nem Italiano nem Espanhol, é um pouco estranho, não achas?
- Então, isso tudo é mentira!
- Sim, também notei que ela nem sequer toma atenção ao que diz, porque o que diz hoje amanha diz de maneira diferente. E quem tinha razão era a Joana... - Michael olhou para o chão com tristeza. Há três dias que não falava com Joana. Talvez Joana nunca mais o quisesse ver, mas ele não aguentava estes dias assim, por isso tinha de pensar em algo, como o roubo que Tanya faria depois de ele conseguir deixar Tanya sozinha no escritorio de Devon. Abanou a cabeça na esperança ingénua que os pensamentos de Joana desaparecessem e ele conseguisse concentrar-se para o que estava prestes a acontecer - Bem.. vamos ao trabalho, parceiro. Abre o carro da Tanya se faz favor.
- O que pensas fazer, Michael? - disse enquanto mexia no circuito de fechadura do carro e abria a porta.
- Vou segui-la, tenho o pressentimento que hoje ela vai sair mais rica da fundação.
- Queres que vá contigo?
- Não te preocupes, tu saberás sempre onde eu estarei e de qualquer maneira ela não te conhece.
- Mas se precisares de ajuda avisa, Michael!
- Claro! - disse mostrando o polegar ao carro e entrando no carro de Tanya, escondendo-se nos bancos de trás.
Ao fim de algum tempo, a luz do edifício da fundação disparou.
- Os circuitos do edifício sofreram sobrecarga, foram desligados.
- Afinal ela vai mesmo atacar hoje! - sussurrou Michael.
E tal como Michael previu, a mulher saiu da porta traseira da fundação e foi até ao seu carro onde entrou e saiu dali, levando, sem saber, Michael consigo.
Continua....
Parte O3
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