Live Like a Knight: Um Tiro na Noite Escura I

Live Like a Knight

Luís levantou-se naquele dia, com aquela cara de quem não queria mesmo levantar-se... e ir para a escola. Ele odiava as aulas, o que ele não dava para ser como o seu irmão mais velho, poderia ficar na cama até mais tarde, sem dúvida que os homens de 17 anos sofrem bastante. Foi com estes pensamentos que Luís vestiu o uniforme do colégio e desceu para tomar o pequeno almoço, quando chegou à mesa de jantar notou que Devon, Michael e April já se encontravam sentados à mesa.

- Com toda aquela sorte para ficar na cama até as 12h e não a utiliza.. o meu irmão é mesmo idiota - sussurrou olhando para Michael com a vontade enorme que tinha de estar na cama a dormir. Depois notou na cara de Devon e sorrindo com uma expressão um pouco incómoda e com um pouco de medo - B-Bom dia! \(^ ^'')

- Bom dia!

- Bom dia, maninho - disse April.

April era uma menina de 14 aninhos, em breve faria os 15. Ela trazia o uniforme do colégio, e a seu lado estavam os livros que ela adorava ler. Era uma menina que na escola não se dava com muita gente, Devon perguntou-lhe o motivo, mas ela nunca falou sobre o assunto, por isso levava os livros e lia durante os intervalos.  Todos estavam a comer calmamante quando Michael olhou para o relógio e viu a hora.

- Ah! As horas.. não posso chegar tarde, a Joana mata-me! - Michael pegou no pedaço de pão que estava a comer, colocou-o na boca, levantou-se e pegou no seu casaco - Adé lowwoo! - tentava dizer com o pão na boca enquanto caminhava em direcção à porta

- Tem um bom dia, filho! - disse Devon sorrindo vendo o filho sair 

- Até logo, mano!! - dizia April sorrindo e acenando a Michael 

- Até logo!

Michael saiu de casa depressa, ainda a comer apressadamente, quando saiu pela porta de casa, encontrou um carro preto, já há um ano que este era o seu companheiro, e era ele que o ia salvar mais uma vez. Ele afastou-se da casa vestindo o seu casaco preto e indo em direcção ao carro.

- Bom dia, parceiro! - disse Michael entrando no carro.

- Bom dia, Michael! - disse o amigo

- Temos 5 min para atravessar metade da cidade!

- Deixaste-te ficar quando sabias que tinhas planos com a Joana, tu nunca mudas!

- Não me venhas com as histórias de mural, KITT.

Michael acelerou mais que o normal e conseguiu chegar mesmo em cima do tempo ao sitio combinado. Num banco ali perto estava uma rapariga  tinha por volta de 18 anos, o seu cabelo castanho e encaracolado, na vista de Michael, parecia que brilhava enquanto esvoaçando ao vento. A menina trazia um vestuário normal, uma saia de pregas pelo joelho e uma camisola larga. Quando sentiu a chegada de KITT, virou-se para trás permitindo ao jovem que ficasse deslumbrado com a visão que tinha da menina ao vir na sua direcção, mas a rapariga passou por Michael sem nem sequer dizer-lhe algo e foi ter com KITT.

- Bom dia, KITT!!! - disse sorridente - Obrigada.. se não fosses tu de certeza que ainda estaria aqui à espera do desnaturado do meu namorado.

- Ehhh?? - xingou Michael

- Não foi nada, Joana. Aliás, não se deve deixar uma senhorita à espera. - disse KITT

- És o maior! - disse abraçando-se ao carro.

- Então e eu? - perguntou Michael que continuava a assistir à cena incrédulo

- Perdoa o Michael, Joana.. ele pode ser assim, mas gostamos do Michael Knight da maneira como ele é

- Tens razão, KITT, eu perdoo..... mas só hoje! eheheh - disse a rapariga olhando para KITT e mostrando a lingua (^ w ^). Joana deixou KITT e virou-se para Michael rindo, depois foi ter com ele , agarrando-se a ele - Tu és o melhor, claro!

Michael ficou envergonhado, e levemente corado, olhou para a rapariga que estava agarrada a ele, depois abraçou-a, olhou para o céu azul e sorriu, baixando o olhar para a menina.

- Só o sou porque estou contigo...

A menina com a cara oculta no peito do rapaz sorriu corada ao ouvir a voz dele, depois levantou a cabeça olhando nos olhos azuis do rapaz. Como ela se perdia com aqueles olhos, mostravam toda a dor e sofrimentos que ele já sentira na sua vida, mas a cima disso, mostravam a bondade e serenidade e a a determinação e valentia do jovem, Joana conseguia ver também todo o amor que o jovem sentia por ela, e isso deixava-a completamente perdida na felicidade. Quando notou já os seus lábios estavam a tocar nos do rapaz num doce beijo. Mas algo interrompeu, era o telefone da menina. Eles separaram-se e ela atendeu.

- Sim, Richard? - Michael olhava para ela. A expressão da menina havia mudado e Michael sabia perfeitamente do que se tratava - Onde?.... Ok! vamos para aí! - Joana desligou

- Um homicídio onde?

- Ao fundo da avenida principal

- Queres boleia, inspectora Moser? - disse na brincadeira

- Só se o Agente Knight ma der. - Joana decidiu continuar na brincadeira sorrindo alegremente

- Claro que sim - disse sorrindo

Os dois entraram no carro e seguiram para o local do crime. Quando lá chegaram, o local estava vedado pela policia, Joana saiu de KITT e foi apressadamente ter com o seu irmão, um jovem policia que olhava para o cadáver com um olhar pensativo.

- Richard!

- Desculpa, querida.. - disse olhando para a irmã e notando que Michael vinha atrás dela - tiveram de cancelar o encontro.

- Não faz mal! O que se passou?

- O Dr, disse que morreu há cerca de 1 hora. Robert Ich, é homem, 40 e poucos anos...

- 44! - disse Michael espantado a olhar para o lado.

- 44? - perguntou Joana, olhando para o namorado

- O Sr. Ich tem 44 anos. Ele veio ontem à noite para uma reunião com o meu pai. - Joana e Richard ficaram incrédulos a olhar para Michael - Ele é dono de uma grande empresa no estrangeiro, a Fostered, e é o proprietário da Mon Chéri.

- A jóia da Grande Coroa??

- Sim, uma das sete jóias - confirmou KITT através do intercomunicador de Michael - Robert Hark Ich, 44 anos, Alemão. Comprou a Mon Chéri em 1982 e ainda tentou as outras 6, mas estão todas espalhadas pelo mundo.

- Então, achas que esse é o motivo da morte dele? - disse Richard

- Sinceramente, é possível.. - disse Michael

- Richard? - chamou um senhor de bata branca, ao notar que Joana também ali estava - Oh, Bom dia, Inspectora Joana - chamou-a para notar-se bem o ''inspectora''

- eheheheh - disse Joana um pouco envergonhada - não é para tanto! Bom dia, Dr.

- Claro que é! - disse o Dr. sorrindo - A partir do dia de ontem és uma inspectora oficial.

- Dr.! - chamou Richard

- Ah! Sim.. eu queria dizer que encontrei isto no bolso do casaco. - disse dando a Richard uma bolsa azul.

Richard abriu-a e tirou o que estava no seu interior. Era uma pedra vermelha sangue, pequena, tinha o diâmetro de uma moeda pequena. Os três ficaram perplexos a olhar para a pedra, Michael resolveu pegar na pedra e levá-la a KITT, entrou em KITT e colocou a pedra na caixinha de análises.

- Toma, ofereço-te, KITT!

KITT começou a estudá-la enquanto Joana, Richard e Michael olhavam para o ecran.

- É um rubi vermelho, bastante raro este tipo de rubi, como sabem há o rubi sangue, o mais raro e valioso para os humanos.. 

- Isso significa que esta é sem dúvida a Mon Chéri verdadeira. - concluiu Joana

- Sim, Joana, é isso. - confirmou KITT

- Então não foi este o motivo da sua morte...

Um pouco distante vinha um rapaz em direcção a sua casa, com uma enorme vontade de se enfiar em casa e não sair mais, mas foi quando encontrou toda aquela confusão com a policia e a curiosidade para saber o que aconteceu ali apareceu. Passou pelos policias e foi então que avistou KITT e foi em direcção a ele.

- Mike!! O que aconteceu?

- Luís! - chamou Joana sorrindo - Olá!!

- Olá Joana - disse cumprimentando-a - Olá Richard!

- O Sr. Ich foi morto esta manhã.

- O quê? O Sr Ich? - disse incrédulo - mas ainda ontem ele esteve com o pai..

- Então o melhor é falarmos com o Devon, ele saberá de alguma coisa, não? - deduzia Joana olhando para os outros

- Acho que tens razão, o meu pai deve saber que algo.. 

Foi então que apareceu uma rapariga, aparentava também ter os seus 18 anos e olhava para eles com uma cara algo confusa. Os rapazes foram ter com ela, mas Joana continuou perto de KITT

- Não sei porquê, mas há qualquer coisa nela que não me inspira confiança, KITT - disse Joana sussurrando ao amigo

- Eu não vejo nada, mas como tu sabes, eu não estou programado para ver se tem ou não confiança - respondeu o carro

- Ninguém está KITT

A jovem sorriu para KITT e depois voltou a virar-se quando ouviu mais barulho de onde estavam os rapazes com a tal rapariga. A rapariga havia perdido os sentidos e eles apoiavam-na, Joana aproximou-se, pensava que talvez estivesse a ser cruel com a rapariga e tentou ajudá-la, foi então que notou que a rapariga tinha sangue na sua roupa. Joana olhou para Richard e percebeu que este já havia notado também aquele sangue. Decidiram levar a rapariga para o hospital, estavam todos com a rapariga, quando ela acordou.

- O..Onde..estou?

- Calma.. nós viemos trazer-te ao hospital? - disse Luís

- Q..Quem és tu?

- Eu sou o Luís Knight - disse o rapaz sorrindo e apoiando a rapariga que se levantava calmamente

- E...Quem...sou...eu?

Michael, Joana e Luís olhavam para a rapariga incrédulos. Como é que ela perdera a memória. Luís decidiu levá-la para o médico vê-la, passou algum tempo, mas o médico disse que estava tudo bem, se a memória estava afectada deveria ter sido algum momento traumático.

Como Michael e Joana queriam falar com Devon decidiram levar a rapariga com eles e seguiram para a fundação, onde saberiam que Devon estaria.

Continua...
Parte O2