Live Like a Knight || cap. 22

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KITT seguiu a pedido da jovem menina, directamente à esquadra da policia local na velocidade máxima que achava boa para ter no meio da cidade. Quando se aproximou da esquadra fez um scanner, através de infra-vermelhos, a todo o edifício para tentar descobrir onde estava Michael. Notou que o subordinado de Tanya já havia chegado e estava na secretaria da esquadra, e ainda, como o carro pensava, o homem estava armado. Entretanto descobriu o paradeiro do seu companheiro numa das celas, sem pensar duas vezes KITT foi em direcção à parede que dividia Michael da sua liberdade. KITT atravessou a parede como se fosse de papel, depois abriu a porta para que Michael, que estava espantado com o que o amigo acabara de fazer, pudesse entrar. Michael entrou e o carro fugiu dali pelo buraco que fizera na parede e foi em direcção à sede da Comtron.

- Tal como no primeiro caso que fizemos juntos - disse Michael rindo, recordando a primeira missão que tinha tido na fundação

- Os amigos são para isso. Afinal eu estou programado para te proteger.

- KITT, eu estava em segurança, já estava preso - disse tentando levar para a brincadeira

- Sim, mas o homem que ia visitar-te nos próximos minutos ia armado e com a missão de te matar ali.

Michael arregalou os olhos azuis. Foi então que KITT contou tudo o que sabia do ocurrido enquanto Michael esteve preso. A preocupação pela sua filha aumentava a cada instante. Estes dois, finalmente chegaram à Comtron, KITT lançou Michael para o terraço do edifício, assim Michael não entraria pela porta principal e ninguém pensaria que ele pudesse entrar por cima, uma vez que aí não se encontrava nenhum segurança. Michael entrou na sede e andou a vasculhar com cuidado todas as salas, até que chegou à porta da ultima sala daquele corredor. Não havia encontrado nada até então, mas tinha de ver todas as salas. Esta era o escritório de Tanya. Sabia-o quando leu isso escrito na porta de madeira. Ao entrar dentro do escritório, notou que era a única sala às escuras dentro daquele edifício. Conseguia ver muito pouco devido aos olhos que ainda não estavam habituados à escuridão, mas aos poucos e com a ajuda da luz da lua que entrava pela janela podia ver a mesa cheia de papeis espalhados e um telefone no meio, perto de um candeeiro. Michael pensou em ligar a luz, mas ao fazer isso estaria como que a lançar um aviso sobre o seu paradeiro. Por isso foi aproximando-se da mesa com cautela mas notou que algo se encontrava no chão e distinguiu duas pernas, ao aproximar-se deu com Rafaela deitada no chão, inconsciente. Michael por um instante ficou tão aliviado por ter encontrado a sua filha, mas o facto de ela não estar acordada fez com que ele se preocupasse e se aproximasse dela muito rápido.

- Hey! Filhota! Hey! - chamava impaciente e preocupado, abanando o corpo da menina. Ao fim de pouco tempo esta começou a despertar para grande alivio de seu pai.- Filhota?

- Pa..pá.. - disse sorrindo ao distinguir o rosto do pai na escuridão

- Filha! - Michael não pensou e simplesmente abraçou a sua filha com força, enquanto ela o abraçava

- Eu sabia que virias, papá! - disse-lhe agarrando-se com força ao seu papá, como já sentia falta daquele abraço que a protegia de todo o medo, de todo o mal. Agora Rafaela sentia-se segura, agora sabia que tudo correria bem e que em breve estaria em casa com a sua familia.

- Claro! Não posso deixar a minha filhota aqui sozinha, no frio e escuro - disse tentando imitar a sua filha da vez em que esta o salvou. Colocando a sua mão na cabeça da menina olhando para a sua menina não escondendo a felicidade ao vê-la.

A menina soltou um riso enquanto se colocava em frente de seu pai sentada de joelhos no chão. Foi então que ambos sentiram Tanya a aproximar-se da sala. Michael, obrigado pela sua filha, escondeu-se. Quando a mulher entrou na sala, não deu por Michael, seguindo directamente até Rafaela que permaneceu no chão ao lado da secretária.

- Afinal não vais assistir à morte do teu papá! - disse pegando na arma que trazia presa nas calças e apontando para a cabeça da menina. Mostrava um olhar com um misto de medo e raiva. A menina permaneceu imóvel olhando para Tanya calmamente, ela sabia perfeitamente que estava segura enquanto o seu pai estivesse dentro da sala. No entanto, o facto da menina não entrar em pânico fez com que Tanya ficasse ainda com mais raiva e descontrolada - Então já não tens medo? - a jovem rapariga não respondeu - Porquê? - como Rafaela não respondeu, Tanya lançou um grito - AH! ESTÚPIDA! - Tanya deu um pontapé à menina que caiu no chão agarrada ao corpo que doía. Michael estava mais furioso que nunca e pronto para sair daquele canto e ir directo à mulher, enquanto que Tanya estava pronta para disparar à cabeça da menina mantendo a arma apontada a esta. Mas foi quando o telefone tocou e a mulher, depois de pensar duas vezes, colocou a arma em cima da mesa e foi atender o telefone. - Sim?....... Sim, temos de ir, não sabemos onde ele pode estar... deixa-me só destruir a vida desta miúda e irei contigo para o Brasil. Claro, amor...

Tanya falava virada de costas para a menina Knight, e enquanto isso o seu pai passou por ela para ver se ela estava bem, perguntou-lhe apenas com o olhar, mas a menina notando a pergunta apenas sorriu e acenou que estava tudo bem, enquanto voltava a colocar-se de joelhos com a ajuda de seu pai. No entanto agora com luz, Michael pôde notar que a menina estava cheia de feridas e nódoas negras, o jovem pai colocou o seu casaco em cima das costas da menina, levantou-se aproximando-se da mesa e pegou na arma de Tanya. Quando esta desliga o telefonema e ia para pegar na arma vê que a arma não está no lugar onde deixou, vira-se para a menina furiosa por pensar que foi ela quem ficou com a arma e vê Michael de joelhos ao lado da sua filha com a pistola apontada para a mulher.

- Não faças isso! - disse a mulher desesperada, ela sabia que depois de tudo ele era bem capaz de atirar contra ela para se vingar do que ela lhe fizera à 17 anos. Para Tanya a ''miúda'' não era importante, mas Michael era, ele era o troféu que ela nunca conseguiu ter. Por isso tentou voltar a jogar com Michael para poder tê-lo do seu lado. Ela queria ter Michael para si e sabia como poderia tê-lo. - Partilhemos milhões

- Como? - disse Michael largando a sua filha e levantando-se, colocando-se frente a Tanya com a arma apontada para esta - Não és tu a mandar, não é?

- Ok, desta vez... sou eu a mandar - disse já sem saber o que fazer - mas preciso de alguém como tu

- Não! Desta vez, não! - Michael ficava cada vez mais sério e com um ódio profundo perante a mulher - Desta vez não me enganas.
- Vamos ter milhões!!! Só tu e eu. - a mulher falava cada vez mais de maneira sensual e tentadora para Michael ignorando por completo a presença da filha do seu inimigo. Ela sabia que desta vez funcionaria, ela sabia que Michael ficaria com ela - Vamos ser donos do mundo! Comigo, não precisarás dela - disse apontando para Rafaela.

- Não precisarei dela? - repetiu Michael confuso com os pensamentos da mulher
- Não! - disse Tanya encarando Rafaela com um sorriso provocador como se vencesse o jogo e levasse o troféu - Eu poderei dar-te coisas que essa estúpida miúda não te dá!
- Como o quê?
- Sexo e dinheiro, não queres? É o sonho de qualquer homem.
Michael ficou incrédulo a olhar para a mulher, pensava em duas possibilidades ou a mulher era parva e não pensava ou estava apenas a fazer jogo para desconcentrá-lo, se a ideia da mulher era a segunda opção quase que conseguia, mas algo lhe dizia que ela acreditava em cada palavra que dizia. Foi quando a porta da sala abriu-se e um dos guardas de Tanya, por acaso, entrou, vendo o cenário. Tanya aproveitou-se disso para fugir, gritando ''Mata-o'' ao segurança. O segurança ouvindo a ordem da sua superior, pegou na sua arma rapidamente e disparou. Enquanto que a mulher pegou na menina e saiu dali rapidamente enquanto que a jovem Rafaela apenas conseguiu ouvir um tiro em direcção ao seu pai. Quando estava ao fundo do corredor perto das escadas ouviu o segurança dizer

- Senhorita Tanya, já cumpri a sua ordem. Ele está morto!

Tanya carregava Rafaela já com alguma dificuldade, depois da menina ouvir o que o segurança disse, ficou ainda mais inquieta, apenas queria ir ter com o seu pai. Tanya chamava-lhe tudo e desejava ter ali uma arma para matar a miúda na altura, por isso resolveu levar a menina consigo, pensou em torturá-la e massacrá-la durante muito tempo quando chegasse ao Brasil. Imaginava a cara da menina em sofrimento e dor e isso dava-lhe tanto prazer, tanta satisfação. No entanto Rafaela continuava a gritar para saber do seu pai. Até que apareceu um grande homem, o homem que a jovem mais temia dos seguidores de Tanya, este pegou na menina ao colo com tanta força que magoava a menina. Facilitando a fuga de Tanya que entrou num carro que seguiria directamente para o aeroporto. Sem querer, Rafaela Knight é levada para o aeroporto, onde viajará para o Brasil.

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