Live Like a Knight || cap. 14

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A manhã passava bem devagar para qualquer um dos Knight. Todos estavam na fundação, excepto Rafaela, Michael encontrava-se sentado no sofá no escritório de Devon com os pés em cima da cadeira de madeira que estava um pouco mais à frente. Tinha o braço no braço do sofá e apoiava a testa com a sua mão. Notou que Devon entrava na sala mas nem se mexeu. Devon fechou a porta e dirigiu-se para a sua secretária sempre a olhar para o seu filho que ali estava, quando se ia a sentar na cadeira, Devon parou e olhando para Michael:

- Michael, tens a certeza que já estás bem para isto?

- Pai, eu passei os últimos dias trancado em casa.. literalmente..

Michael levantou a cabeça olhando para o seu pai, e com uma cara como se tivesse uma gota na cabeça e cansado que lhe dissessem que não estava bem, falava. Devon ao notar a expressão do filho, teve certeza que ele estava bem, Michael mostrava sempre aquela cara, desde pequeno que o fazia e era a prova mais que convincente para si de que ele estava bem. Resolveu então sentar-se na cadeira com um olhar mais calmo e descontraído, parecia que lhe tinham tirado um enorme peso de cima, voltou a olhar para Michael, sorriu e colocou um livro com anotações em cima da mesa abrindo-o.

- Pois mas voltar ao trabalho… não preferes ficar em casa mais uns dias? Tu até passas a vida a pedir férias, porque não as tiras agora

- Agora que falas nisso… - disse rindo - E eu peço férias para estar com a minha filha! Por isso, porque não tirar as minhas férias naquela semana em que ela não tem aulas em Março, eihn? – pedia Michael um pouco na brincadeira na esperança que Devon dissesse sim

- Uma semana? Em Março? – perguntava Devon enquanto olhava para o seu filho que lhe fazia uma cara a implorar – e achas que te vou dar uma semana de férias em Março, com tudo o que vai acontecer na fundação em Março? Nem sonhes!

Michael sorriu, já sabia que Devon diria aquilo, mostrou um olhar doce e orgulhoso. Tudo o que aconteceria no mês de Março era tudo o que deixava Michael orgulhoso, mas também mostrava um longo trabalho pela frente. Como é segredo na fundação e para todos, Michael resolveu não prolongar muito a conversa sobre o assunto, ainda alguém poderia ouvir e isso não podia ocorrer.

 - Lá se vai a minha semaninha de férias…

Devon sorriu, percebendo que Michael ficava orgulhoso. Entretanto alguém bate à porta do escritório e entra Luís mesmo antes de Devon dizer alguma coisa.

- Pai sabes do… - notou a presença de Michael e foi ter com ele – Mike!! Eras mesmo tu quem eu queria..

- Eu?

- Claro! És o único que me pode ajudar! – disse Luís sentando-se no sofázinho em frente do irmão. Depois foi se aproximando do irmão e começou a sussurrar – Temos é que falar baixinho e deixar o pai trabalhar

- Ok Ok – disse aproximando de Luís também sussurrando

Devon olhava para os dois filhos, isto recordava que eles sempre brincaram ali, mas Luis tinha sempre o cuidado de dizer para se fazer pouco barulho para que Devon pudesse trabalhar sossegado. Devon apenas olhava e sorria, não sabia muito bem porquê, talvez da sua idade, talvez das saudades, talvez do mau pressentimento que tinha a já alguns dias, mas Devon sentia-se apenas feliz em ver os seus filhos felizes e sorridentes. Foi então que a curiosidade de saber o que Luís queria de Michael apareceu em Devon e este começou a tomar atenção à conversa enquanto fingia que escrevia no caderno.

- … e é por isso que eu preciso da tua ajuda, Mike.. – dizia Luís ainda sussurrando

- O quê? Queres ajuda para teres uma rapariga para o resto da vida?

- Claro! Tu ficaste com a Joana, não foi? Então como conseguiste?

- Isso não é assim, calma…

- Não posso! O meu horóscopo disse que tenho que declarar-me hoje, sem falta!

- Tu andas a ler o horóscopo? – perguntou o jovem olhando para o seu irmão com uma cara de estranheza

- A culpa é da tua filha!

- Pois.. imagino…- disse Michael duvidando de Luís e com uma gota na cabeça - Mas Luis, não é obrigatório…

Foi então que Michael foi interrompido pelo telefone que tocava. Devon atendeu de imediato, deixando a conversa.

- Sim? – perguntou Devon normalmente – Bom dia! …- Devon mostrou uma cara preocupada - mas, está tudo bem?...... está sim ... vou passar – entrega o auscultador do telefone a Michael e este mostra uma cara surpreendida – é para ti, Michael!

- Para mim? –atende – Sim? Daqui é o Michael.

- Michael? Sou eu, a Joana! – disse a voz de uma menina como que se estivesse a entrar em pânico e notava-se a preocupação que a menina carregava do outro lado da linha.

- Joana? – Michael ao ouvir a voz de Joana sentiu um aperto no coração, não sabia o motivo, mas o telefonema de Joana não era um bom sinal, por dois motivos, Joana nunca iria telefonar para a fundação tendo o numero de KITT, e nunca a uma hora daquelas, e a maneira como a menina falava cortava a respiração de Michael. O que quereria a menina de Michael aquelas horas da manha?

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