Live Like a Knight || cap. 18
Recordações de Michael da sua menina (* o *)
Michael havia descoberto algo que talvez o ajudaria a encontrar Tanya. A empregada do bar! Para ela ter ficado da maneira como ficou, ela deveria saber de algo. Por isso ficou dentro de KITT, com os vidros fumados, outra capacidade de KITT que não permite ver o interior do carro. Michael trocou de camisola e ficou ali à espera de Maggie, a empregada despedida. Já era tarde, a noite já havia caído e Michael continuava dentro do carro em silêncio, batalhava consigo mesmo para não pensar na sua filha, ao pensar na pequena Rafaela ele apenas tinha sentimentos que não conseguia controlar e para conseguir a sua filha teria de trabalhar como em qualquer outro caso, calmo e de maneira discreta. Maggie saiu do bar com um saco com as coisas dela. KITT notou na jovem e colocou as janelas normais outra vez.
- Michael? A rapariga está a sair!
Michael levantou o olhar e seguiu a rapariga dentro do carro até ao carro dela, deixando KITT a barrar a passagem do carro. A jovem quando viu o carro preto assustou-se, pensou que alguém pudesse fazer-lhe mal, mas foi então que Michael desceu o vidro da janela.
- Olá!
- Desaparece! - disse zangada e um pouco desapontada por ser aquele homem que estava ali - Aviso-te já que tenho no saco gás pimenta!
- Eu fico dentro do meu carro para não teres medo.
- Tu não és o Incrivel Hulk!
- Lamento o que aconteceu - disse saindo do carro - Mas entendeste mal. Não sou amigo da Tanya, apenas a quero encontrar.
- Não quero saber! - disse a rapariga irritada e desorientada - Ela roubou-me TUDO! O meu marido, a minha casa, o meu emprego... já nem posso comprar roupa decente para o meu filho...
Furiosa entrou dentro do seu carro, ligou-o pensando em fazer mal ao homem que continuava de pé a olhar apenado para ela. Com o carro ligado começou a andar com ele e foi contra KITT. Como KITT tem um escudo molecular quase indestrutível uma batida de uma carro algo antigo nunca lhe faria qualquer dano, no entanto o carro de Maggie não ficou tão bem, ficou amolgado e a saia do carro acabou por cair. Maggie depois saiu do carro e não conseguia acreditar no que estava a ver com os dois carros.
- Eu pago a reparação - disse Michael olhando para o carro de Maggie como se tivesse uma gota na cabeça
- Eu não acredito! Como posso viver com tanto azar?
Michael olhava para a mulher com aqueles olhos tristes e onde a jovem notou a tristeza e preocupação destes. Por momentos tentou negar o que vira, mas depois ficou quase rendida àquele olhar.
- Deixa-me ajudar a mudar a tua sorte
- E se me deixasses em paz? Bem melhor não achas? - disse com ironia - Acabei de perder o ultimo emprego que poderia ter nesta cidade
- E se a Tanya e os seus amigos desaparecessem daqui?
- Não brinques. Resolvia todos os meus problemas.
- Basta dares-me a oportunidade
- Como? O que é que sabes sobre o que eles andam a fazer?
- Esperava que me contasses - disse Michael na esperança que Maggie cedesse e ficasse do seu lado
- E para quê? Achas que mudarias alguma coisa?
- Acho! - os olhos de Michael mostravam agora uma grande determinação a Maggie, mesmo na escuridão da noite apenas com a luz de um candeeiro de rua a poucos metros deles, ela conseguiu ver toda a determinação do homem. - Ajudas-me?
- Ok... acho eu! - disse Maggie ainda um pouco confusa. A rapariga perguntava-se o que Tanya poderia ter feito com ele para que ele esteja assim e a querer encontrar
- Anda, eu levo-te a casa
Maggie deixou-se levar por Michael. Entraram no carro preto e seguiram em direcção à casa da jovem. A jovem morava do outro lado da cidade e durante todo o caminho ela ia contando a Michael o que sabia sobre Tanya. Na realidade era pouca coisa.. a maioria das coisas o próprio Knight já as sabia, mas foi até Maggie começar a contar a história que a envolve a ela e à sua família.
- A Tanya voltou à um ano para cá! Tem passado alguns dias, depois volta a sair daqui. Ela é bem conhecida por toda a cidade por isso todos sabem quando ela sai e volta. - Maggie baixou o olhar e Michael notou a tristeza na voz dela - Ela é uma pessoa cruel! Desde à um ano ela tentou seduzir o meu marido.... o meu marido nunca cedeu, até ao dia em que o meu marido chegou a casa e trancou-se no nosso quarto. Quando fui ter com ele, ele estava bastante desanimado, disse para não me preocupar.. porque acontecesse o que acontecesse ele amar-me-ia sempre. Confesso que me preocupei nesse dia. Dias depois descobri que ele andava a ser chantageado pela Tanya..... - Maggie fez uma pausa grande - foi então que ele foi encontrado morto.... com um tiro no rosto
Michael ao ouvir o destino do Marido de Maggie quase perdeu o controle do carro, na mente dele apenas apareceu Tanya segurando a arma que disparou contra ele e depois o som do tiro, KITT interveio sem Maggie notar e conseguiu o controlo do carro. Michael deixou o KITT conduzir, segurando o volante e olhando para Maggie espantado.
- E achas que foi ela?
- Tenho quase a certeza! Ouvi dizer que os dois alvos dela foram abatidos da mesma maneira... e além disso depois da morte dele.... foi ela que ficou à frente da Comtron, a empresa do meu marido. A quem deu como oferta ao Benjamin, o novo ''namorado'', se é que se chama assim... - Maggie olhou para o caminho e disse - AH! Vira aí à esquerda.. moro logo na segunda casa.
KITT virou e eles chegaram a casa da empregada do bar. Michael como cavalheiro saiu do carro apenado com a historia desta mulher, abriu a porta de Maggie e deixou-a passar, deixando-a mesmo à porta de sua casa. Maggie sorriu para Michael.
- Obrigada, anda! Podes entrar - disse sorrindo e abrindo a porta de casa. Ao notar que alguém vinha a sair e sabendo de quem se tratava ela sorriu - Olá Luce!
- Señorita, estaba preocupada - disse uma senhora com um pouco de sotaque espanhol
- Desculpe, Luce. Apareceu um imprevisto
- Espero que nada grave - disse um tanto preocupada. Mas foi então que notou que Michael também estava ali - Oh Cielos! Espero que sea muuuuuuy grave - disse com um sorriso malandro pensando em coisas que os dois poderiam ter andado a fazer.
- Luce, por favor. Estás a envergonhar-me. Este é o Sr. Knight
- Tanto Gusto - disse Luce encantada a olhar para Michael ainda com pensamentos um pouco obscenos Michael apenas sorriu um pouco incómodo da maneira como ela olhava para ele.
- A Luce é a ama do meu filho.
- Y él está dormiendo. Bien, voy a dejálos! Divirtam-se, principalmente tú! - disse sorrindo para Maggie ainda rodeada daqueles pensamentos. Depois virando-se para Michael - É una rapariga maravilhosa. Uma santa, não se olvide!
Michael voltou a sorrir para a ama e esta saiu. Foi então que Maggie fechou a porta de casa um pouco envergonhada.
- Desculpa, nem sei o que te dizer
- Não te preocupes
- Para mim é importante acreditares em mim. Não tenho a visita de um homem desde que o meu marido morreu.
Michael notou a tristeza na voz de Maggie, ele confiava nela e havia algo que Michael entendia bem. O que ela sentia. Ele sabia perfeitamente que não era nada fácil perder quem se ama. Mas havia algo que Michael queria fazer, ele tinha a noção que quando perdeu Joana, tinha toda a sua família, o seu pai, os seus irmão, o seu cunhado e KITT. Mas Maggie parecia que a única pessoa que tinha para a ajudar era Luce. Por isso sentia que não era nada fácil para ela estar assim. Knight foi desperto dos seus pensamentos com uma voz de um rapaz pequeno.
- Mãe? - disse o menino que vinha do quarto de pijama e meio ensonado
- Marco! - chamou Maggie - O que fazes fora da cama? - olhou para Michael - Este é o Marco!
- Já imaginava - disse Michael sorrindo - Hey, Marco!
- Olá! - disse o menino olhando fixamente para Knight - vais casar com a minha mãe?
- AHH!! - gritou Maggie completamente envergonhada - Vais para a cama? Já! - vira-se para Michael - É só um minuto
- Ok! - Michael sorriu, mas mesmo que já estivesse a lutar à horas o seu pensamento foi em direcção a Rafaela. Ao ver Maggie com o seu filho e obrigá-lo a ir dormir, lembrou-se de vários momentos que isso aconteceu com Rafaela, os momentos em que ela não queria dormir, os momentos em que ela pediu para Michael cantar-lhe uma canção para ela dormir, o momento em que Rafaela pediu para dormir com ele à bem poucos dias. Michael despertou destes pensamentos à força. Foi quando notou que o sorriso havia desaparecido e que havia lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Imediatamente limpou as lágrimas - Para falar com a Tanya sozinha, onde devo ir?
- Só um seguundo! - gritou Maggie do quarto de Marco
- Quem é a Tanya? Concorrência, mãe? - perguntava o menino à sua mãe.
Michael apenas ouviu Maggie tentando dizer alguma coisa, do pouco que ele a conhecia de certeza que ela estava bastante envergonhada com a pergunta do filho, sem saber o que responder. Michael mostrou um pequeno sorriso. Foi então que Maggie voltou.
- Não vale a pena esperá-la na Comtron. Ela vive na propriedade do ''Grande'' Benjamin.
- Espera! O Milionário Williams Benjamin?
- Sim, o novo dono da Comtron. - Maggie intristeceu-se um pouco de novo, mas foi quando lhe veio algo à memória - Espera lá. Amanhã eles têm de sair da empresa. A Comtron patrocina uma competição para a caridade
- Uma competição? - perguntou Michael - PARA CARIDADE? - agora sim, o jovem estava espantado
- Sim, e uma corrida de carros novos. O Marco queria ir. Cada participante leva um carro novo. As pessoas adoram isso.
- E pode entrar qualquer um?
- Sim... mas, quem vai comprar um carro novo apenas para participar?
- Diz ao teu filho que vos venho buscar amanhã às 10 horas
- Porquê? Vamos ver?
- Claro! Eu vou participar!
- Yuuupiii!!!!! - dizia Marco que vinha do seu quarto aos saltos de felicidade.
Michael saiu de casa de Maggie, Marco fez com que ele recordasse muito Rafaela. Toda aquela energia, toda aquela alegria. Michael tornou-se um pouco como a sua filha, ficou dentro de KITT a noite toda. Estava muito preocupado, havia passado um dia desde o desaparecimento da sua filha e ele não sabia se ela estaria bem ou não. Por isso durante muito tempo esteve a recordar a sua menina. O seu sorriso, os muitos momentos que ele havia visto da sua menina, na escola, com os amigos, como Card Captor, em casa, na brincadeira, a tocar oboé. Recordou o seu sorriso, as suas lágrimas, as suas dúvidas, o seu abraço, a sua ternura, a sua maneira própria. Depressa se fez dia e Michael decidiu que seria aquele dia, o dia em que levaria Rafaela de volta para casa.
A história de Maggie, o final... TT^TT A D. Luce a pensar o que não deve XD Gostei do Marco, super kawaii =3
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