Live Like a Knight || Cap. 29

- Já é de dia? - perguntou Rafaela espantada ao sair do Hospital sentindo a luz do sol a bater-lhe na cara
- São 13h15, quase - respondeu o seu pai que caminhava calmamente a seu lado
- A sério? - conferiu quase chocada. Para Rafaela não havia passado assim tanto tempo desde que entrou na noite anterior - incrivel.. os Hospitais são tão... coiso!.... que nem sequer se pode ver que já amanheceu - disse fazendo caretas de desgoto
- Dou-te o desconto porque passaste muito tempo dentro de uma sala sozinha com uma efermeira. Ela demorou muito tempo para tratar de ti, depois quero ver essas feridas
- eh...eh..eh (_ _'') ... - depois ouviu as ultimas palavras - (O . O) eh? Não, não! Vais descansar, repouso absoluto! Ouviste bem? Se eu te apanhar fora da cama nos próximos dias... não terei piedade! (# Ò___Ó) (^       ^'' )
- Ok.. Ok.. mas depois vou cuidar muito bem dessas feridas, a minha filhota não pode ter feridas assim, ok?
- Mas só quando estiveres bem! - disse sorrindo
- KITT, aqui estão eles! - disse Luís que estava encostado ao carro olhando para os dois que se aproximavam
- Devido à vossa condição fisica, eu diria que o melhor é ser o Luís a conduzir até casa - disse KITT
- Eu concordo, até porque são 2 horas até casa
- 2 horas, 17 minutos e 36 segundos
Michael e Rafaela concordaram. No fundo sabiam que não podiam dar muita luta e Rafaela era totalmente de acordo de seu pai ir a descansar em vez de conduzir tanto tempo. Seguiam directos a casa, à muito tempo que Rafaela e Michael não paravam em casa e as saudades da sua casa e da sua família já eram algumas. Passado algum tempo de viagem, Michael, calou-se. O efeito da anestesia que tivera no Hospital desapareceu por completo fazendo com que a dor que este sentia fosse praticamente insuportável. Enquanto isso Rafaela, também não estava melhor, os efeitos secundários apareciam, deixando a pequena bastante tonta e sem força. Michael notou que a sua menina não estava bem.
- Filhota, sentes-te bem?
- Vejo.... vejo tudo à roda... (@ o @)''
- Deita-te um pouco e descansa - aconselhou Luís
Rafaela seguiu o conselho de Luís e deitou-se nos lugares de trás. Finalmente chegaram a casa. KITT havia avisado todos sobre tudo, por isso ao entrarem na mansão Knight deram logo com toda a familia à porta esperando pelos três. Michael tentava sair de KITT, mas notou que perdia todas as forças e estava prestes a cair, no entanto sentiu alguém segura-lo, eram Richard e Devon que haviam ido a correr para socorre-lo. Devon perguntou aos três se estavam bem, do qual todos disseram que sim, mas Devon sabia perfeitamente que apenas Luís se encontrava realmente bem. Rafaela saiu do carro também com alguma dificuldade, Luís tomava conta dela olhando por onde ia enquanto que cumprimentava as suas irmãs preocupadas que se abraçavam a ele cheias que questões e duvidas sobre o sucedido, do qual ele apenas ia dizendo que haveria de ficar tudo bem. A menina conseguiu chegar às escadas da entrada da porta e subiu-as agarrada ao muro, quando finalmente entrou em casa, sentiu-se muito quente e fraca. A sua visão começou a tornar-se menos nitida e de repente a menina deixou de ver o que quer que fosse. Tentou agarrar-se a alguma coisa, mas não havia nada por perto, foi então que sentiu o corpo a cair. Nisto Luís larga as irmãs e vai a correr apanhar a pequena Knight, não permitindo que esta caia no chão.
- Rafa, estás bem? - perguntou preocupado enquanto ajeitava a menina nos seus braços
- Nii?.. - perguntou ao tentar ver alguma coisa, depois com uma voz ainda fraca e débil respondeu - Estou.... Hm! ( 0 _ < )
Algo tocou no braço de Rafaela, fazendo com que doesse bastante
- O que se passa? - perguntaram preocupados
- O.. O meu braço....
Foi aí que April e Bonnie notaram que todo o seu braço estava envolto em ligadura. Olhavam para a sua sobrinha preocupados e para Michael que era levado para o seu quarto naquele estado. A respiração de Rafaela era ofegante, Luís decidiu levá-la para o quarto. Michael e Rafaela estavam nos seus respectivos quartos, de pijama. Bonnie pediu a Luz para ir comprar os medicamentos que ambos iriam necessitar. Entretanto Richard deixou Michael no seu quarto já a dormir depois de lhe dar um comprimido para as dores e decidiu ir ver da sua sobrinha. Entrou no quarto desta, esta abriu os olhos quando o seu tio abriu a porta.
- Querida, como te sentes?
- Estou... tonta....
- Mas o que se passou?
- Isto são efeitos secundários... de uma vacina que tive de tomar
- Mas parece que tens febre!
- É outro dos efeitos secundários... não te preocupes, Tio, daqui a nada já não tenho nada - disse sorrindo enquanto que os seus olhos se fechavam lentamente.
Nesse dia tanto Rafaela como Michael permaneceram adormecidos todo o resto do dia, sem grandes movimentos. Luís contou à família o pouco que sabia enquanto que todos cuidavam dos dois até estes estarem bem. E foi assim que a noite passou. A manhã de Quinta Feira estava mais amena e quente, talvez por ser um dia tão romantico, o dia de S. Valentim, a luz do sol, que entrava pela janela do quarto de Michael Knight e a pequena aragem que passava pelas cortinas despertaram-no. Este a inicio apenas conseguia sentir a luz na sua cara e a brisa que invadia o seu quarto parecia que nada tinha acontecido ''Terá sido um sonho?'' perguntava-se inocentemente, mas foi então que a dor no seu lado esquerdo voltava aos poucos. Infelizmente não tinha sido um pesadelo, mas no entanto já estava tudo bem e estavam os dois em casa. Nisto levou o seu pulso até perto da cara e comunicou com o seu amigo.
- KITT?
- Bom dia, Michael! Como te sentes?
- Eu fico bem! Como está ela?
- Tem estado com febre desde ontem. Ao que parece são niveis altos.
- O quê?
Num impulso, sentou-se na cama com um ar preocupado. Esperava que a sua menina já estivesse bem, mas febre alta? Ele não esperava que isso acontecesse. Tomou um comprimido para as dores, levantou-se e seguiu para o quarto de Rafaela. Esta estava deitada na sua cama, mais abaixo na cama encontrava-se Rex que dormia aos pés da menina, quando Michael entrou no quarto o cão levantou o olhar, e olhou para Michael como a dizer que não havia novidades e que estava ali para tomar conta da menina. O pai chegou perto da menina sentou-se ao lado dela. Nisto a porta do quarto volta a abrir.
- Mike! Não deverias estar de repouso?
- Com ela assim? - perguntou preocupado olhando para a menina depois de ouvir a voz do seu irmão - Como é que ela tem estado?
- Passou praticamente toda a noite com 41.9 de febre. Agora de manha tinha 4O.2
- Filhota.....
Michael ficou incredulo a olhar para a menina que permanecia adormecida. Nisto a menina abre os olhos depois de ouvir a voz do seu papá.
- pa...pá.... nii..... Tenho sede...
O pai sorriu docemente depois colocou-se detrás da menina apoiando-a e sentando-a, pegou no copo com agua que estava em cima da mesa de cabeceira e foi ajudando a menina a beber devagarinho. Ela bebeu um pouco e não quis beber mais, por isso Michael voltou a colocar o copo no sitio. Notou Luís que trazia um termómetro na mão e colocando a sua mão na testa da menina perguntou
- Filhota, doí-te alguma coisa?
- Não sinto nada... mas... a minha cabeça.. quase não consigo manter os olhos abertos...
- Então vamos lá ver como está essa febre - disse Luís aproximando-se e entregando o termometro a menina que o colocou debaixo do braço.
Passado algum tempo Michael pediu a Rafaela para tirar o termometro e esta deu-lho. Michael viu o que o termometro mostrava, Luís notou a olhar preocupado do seu irmão. Michael voltou a ajudar a menina a deitar-se e levantou-se.
- Filhota, dorme mais um bocadinho, sim? Olha deixo aqui o meu relógio, alguma coisa, avisa o KITT.
- Sim.... papá... estás bem?
- Estou! Não te preocupes comigo, ok? Agora tens que ficar boa!
- E para isso nós andaremos sempre por aqui para cuidar da nossa Rafinha O . <)b - dizia Luís para a sobrinha - E agora... toca a dormir!
- Ha..i... - dizia a menina fraca
Michael e Luís sairam do quarto quando esta fechou os olhos. Luís preocupado com o ar do irmão perguntou.
- Como está a febre dela?
- 4O.7!
- Está a subir novamente... - disse Luís a olhar para o irmão preocupado