Live Like a Knight || cap. 13

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- PAI?

Rafaela achou estranho Michael não terminar a frase, até que o sentiu mais fraco e começou a sentir o peso dele a cair em cima dela. O pai da menina acabou por perder os sentidos, o que fez com que a menina entrasse em pânico. Ela tentou despertá-lo, mas ele não reagia a nada do que ela fizesse, num acto de desespero, Rafaela pegou no relógio de Michael e pediu a KITT que chamasse alguém. Ao fim de pouco tempo Luís entrou no quarto da menina apressado e preocupado, explicou que KITT o tinha chamado e ajudou a menina a endireitar o irmão na cama da sobrinha. O rapaz estava preocupado, no entanto tentou tranquilizar a menina da melhor maneira que conseguiu. Ao fim de um bocado, os dois permaneciam sentados perto de Michael, Luís tentou pensar em algo positivo, para todos os efeitos Michael apenas perdera os sentidos, ele sabia que Michael recuperaria os sentidos se descansasse, mas aquele mau pressentimento invadia-lhe a alma. Então, preocupado decidiu sair do quarto e foi para a cozinha. No entanto, a menina manteve-se sentada na cadeira perto do seu pai ainda inconsciente.

- Mas… mas… tu esta manhã disseste que já estavas bem… que não podias abus…  –  de repente lembrou-se que Michael acordou cedo, levou Rafaela à escola, fez compras, preparou o almoço, foi buscá-la, esteve com ela a tocar durante horas, esteve sempre a brincar com ela normalmente, e ainda ajudou-a a subir as escadas enquanto esteve tonta, por fim lembrou-se das palavras de Andrea ‘’ ao mínimo esforço agora é possível que desmaie ou fique com tonturas… Por isso não se pode fazer com que ele abuse ’’ – Foi por minha causa – começou a chorar encostando a sua cabeça a Michael – depois de tudo o que já tinhas feito ainda te fiz tocar comigo quase a tarde inteira, e agora a levares comigo… eu não me lembrei… desculpa, papá… desculpa

Rafaela manteve-se toda torta sentada na cadeira com a cabeça encostada ao pai que permanecia deitado de olhos fechados enquanto a menina chorava, sentindo-se culpada do sacrifício que o seu pai fizera ao longo de todo o dia com ela. No meio de todos estes pensamentos, a menina acabou por adormecer com aquela postura e lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

Michael despertou e lentamente abriu os seus olhos, a início ficou meio confuso mas depressa na sua mente apareceu a sua última recordação, ver a sua filha abraçar-se a ele. Michael não pensou em mais nada.

- Rafaela! – chamou levantando-se de repente.

Ao levantar-se sentiu-se tonto, achou normal devido a tudo o que lhe acontecera. Depois ao olhar em volta notou que estava no quarto da menina e foi quando ele sentiu Rafaela ainda adormecida naquela postura. Michael sorriu levemente e depois mostrou um olhar preocupado.

- Desculpa, filhota! – disse sussurrando.

Ele olhou para a menina, saiu da cama e lá colocou Rafaela. Michael ficou muito cansado ao levantar a menina e colocá-la na cama com muito cuidado. Quando a menina estava deitada na sua cama, ele sentou-se a seu lado e notou que na mesa de cabeceira da menina estava um copo de água. Michael olhou para a menina e sussurrou.

- Obrigado, pelo copo com água e açúcar

Bebeu um golo e depois outro e ficou um pouco ali a repousar.

Na fundação, Bonnie e April estavam sentadas no escritório de Devon, ambas se entre-olhavam preocupadas. KITT tinha avisado que Michael estava mal, mas elas não podiam sair assim da fundação, e desde então não têm noticias da condição de Michael. Mas havia outra coisa que as preocupava, elas sabiam que haveria alguém que não aguentaria saber que Michael estava assim, essa pessoa era Devon. April já tinha contactado KITT para saber como estava Michael, mas nem KITT sabia, e isso deixava-as muito preocupadas.

Foi nesse momento que Devon entrou na sala e as meninas espantadas por não esperarem Devon naquele momento que tentaram disfarçar a conversa.

- Pai? Não deverias estar em reunião?

- A reunião já terminou, e a meu ver, ainda bem. Já começava a ficar farto de todos aqueles… - tentou pensar num termo mais simpático, mas não encontrou nenhum - …idiotas com ideias sem sentido.

- Mas pai.. eram os novatos para virem para a fundação, não eram?

- Eram! E o que eles querem é ter o lugar do Michael para poderem brincar com o ‘’carro fantástico e lindo’’ como eles chamam. E o que mais me irrita é saber que eles não se preocupam com a justiça ou o bem no mundo.

- Realmente, assim não se consegue nada – disse April com uma gota na cabeça.

Bonnie calou-se de repente ao ouvir o nome do irmão sair da boca do seu pai. Lembrou-se que Michael estava mal e era preciso dizer a Devon, no entanto ela não tinha a coragem suficiente para o fazer.

- E pensar que foi o Coronel Smith que os enviou para cá – disse Devon baixando o olhar com um pouco de medo e frustração.

- Mas pai.. já sabes que o Coronel Smith é assim mesmo – disse a rapariga de olhos azuis sorrindo com uma gota na cabeça tentando animar o pai.

- Tens razão, filha – Devon mostrou a sua cara de frustração ao pensar no Coronel, depois levantou o seu olhar e olhando para as duas filhas – vamos para casa.

- Pai, não precisas de fazer mais nada na fundação? – perguntou April como que tentando evitar que Devon saísse dali

- Não! De qualquer maneira eu não vivo aqui – disse sorrindo, mas Bonnie olhou para aqueles olhos azuis que mostravam preocupação – E eu quero ver se o Michael não fez asneira.

Bonnie percebeu que Devon estava preocupado com o filho e não o impediu, apenas puxou April e voltaram os 3 para casa juntos.

No quarto de Rafaela seguiam Michael e Rafaela. Michael não se movera, tentava ganhar forças bebendo aos poucos a água que estava no copo que Rafaela colocara em cima da sua mesa de cabeceira, enquanto que a menina permanecia adormecida na sua cama. Sem querer Michael fez mais barulho do que queria e acabou por despertar Rafaela. A menina assim que abriu os olhos procurou o seu pai e foi então que notou que estava deitada no lugar onde Michael estava, virou a cabeça de repente para o outro lado e notou que Michael estava ali sentado.

- Papá! Estás bem? Não te doí nada? Não estás tonto? – perguntava enquanto se colocava de joelhos ao lado de Michael

- Estou bem, filhota! Não te preocupes – Michael sorriu, mas notou que a menina baixara o olhar escondendo os seus olhos tristes – o que se passa?

- Desculpa, papá…

- Não tens nada para pedir desculpa, filha.

- Se não fosse eu, não tinhas abusado. A culpa é minha.

- Não digas disparates! A culpa não é tua!

- Mas pai… - Michael subiu o rosto da sua filha e deu um beijo na testa.

Batem à porta.

- Sim?

- Sou eu, com licença! – dizia Devon enquanto entrava no quarto – Vejo que estão bem, fico mais descansado por isso. Como te sentes, filho?

- Estou óptimo, pai!

- Ou então não! Não é verdade, pai?  (¬  ¬)’’ – disse Rafaela olhando de lado para o seu pai com uma gota na cabeça. Rafaela notou na preocupação que os olhos de Devon mostravam, depois do comentário da menina. Por isso a menina voltou a olhar para Michael. – Papá? A partir de hoje serás vigiado! Noite e Dia! (#Ò__Ó) E Terás rédea curta! Por isso não vais abusar nadinha! – voltou a sorrir e olhou para Devon – não te preocupes, avô. Eu tomarei bem conta do papá.

Michael olhava para os dois com uma cara um pouco com medo (^ ^lllll) Mas foi então que ouviu a voz do seu pai e olhou para ele que permanecia à porta do quarto.

- Fico mais descansado assim. – dizia Devon sorrindo para a neta – E tens a minha autorização para fazer-lhe o que quiseres.

- Yuuhuu!! \(^ 0 ^)/ o que eu quiser!!! – voltou a olhar para o pai com uma cara zangada e começou a falar com uma voz medonha – Agora, sim.. estás tramado... pa...pá! (#Ò__Ó)

- Mas isto é algum complô? (0 . 0 lll)

Devon ria enquanto via a sua neta e o seu filho. Ele sabia que Rafaela faria o possível e impossível para que Michael não ficasse fraco de novo. Devon também notou que algo passara, ainda ninguém lhe havia dito, mas a reacção de Rafaela não era normal se Michael estivesse bem. O copo com água que Michael tinha na sua mão também provava a Devon a sua teoria e o facto de Luís estar nervoso, e April e Bonnie impacientes e preocupadas. No entanto decidiu fingir que não sabe de nada, a sua preocupação diminuía ao ver que os 4 filhos e a sua neta estavam todos bem.

Michael e Rafaela continuavam com todas aquelas falas, mas de repente ouve-se um barulho, o estômago da Rafaela. A menina não comera nada desde o almoço e já começava a ter fome.

- Estou a ver que tens fome – disse Michael rindo – Ao menos escondias, não era preciso toda a gente saber

- PAI! (º/////////////º)

Mas Rafaela não era a única com fome, pois ao fim de uns segundos também se ouviu um barulho da barriga de Michael.

- Afinal quem tem de esconder, einh??

(#Ò . Ó)   ♪ ~ (¬ . ¬ )

- Pois.. bem me pareceu.

Rafaela apenas ria olhando para o seu pai.

- Vamos ver se falta muito para o jantar – disse Michael sussurrando, depois sussurrou ao ouvido da menina – se faltar vamos petiscar alguma coisa

- Ok! (> . <)

Michael e Rafaela foram até à cozinha, tentaram chegar-se até ao fogão onde estava a comida mas Luz colocou-se na frente dos dois e não os deixou passar

- Os meninos não podem ver!

- Deixa lá só espreitar, Luz – pediu Michael

- Não! – disse empurrando Michael para fora da cozinha – hoje o jantar é surpresa!

- Vá lá…

Michael e Rafaela imploravam para comer um pouquinho. Imaginem dois chibis com os olhos a brilhar por causa do jantar. Mas Luz não cedia por nada. (* oo *) (* oo *)

- Mas.. falta muito para o jantar? – perguntou Rafaela ainda com os olhinhos a brilhar.

- Tinha que ser! – disse April que entrava na cozinha e assistia à cena – estes dois estão a chatear-te, Luz?

- É verdade, menina! – Luz ria.

- Mas vê o lado positivo: ainda falta o Luís para se juntar a eles – disse April rindo.

- Tem toda a razão, menina..

Luz e April começaram a rir.

- Uh! Até parece, April! – disse Michael como se estivesse ofendido, puxou a Rafaela para si – és má, April! Só por isso, agora vou com a minha filhota kawaii para a sala! – continuava na brincadeira como se estivesse muito ofendido, enquanto saía da cozinha agarrado a Rafaela que permanecia calada a rir. Michael notou que a menina ria – eh! Não te juntes a elas!

- Oh! (º o º) Desculpa Desculpa

Quando os dois já estavam à porta da cozinha April chamou Michael.

- Mano?

- Não, não te ofereço a minha filhota kawaii!

- Como te sentes? – disse ficando mais séria – Já estás melhor?

- Sim! Já estou óptimo! – disse sorrindo ainda de costas para April fechando os olhos, de repente virou-se para ela com cara de mau – E NÃO! Não te empresto a minha filhota kawaii! UH!

Quando os dois chegaram à sala, sentaram-se no sofá e ligaram a TV, a Rafaela foi mudando de canal até que parou num canal onde estava a dar um concerto de uma orquestra, ouvia-se um solo de oboé

- nyaaaaaaaaaaaa! Que lindo… mas parece-me tão familiar

- Familiar? O quê?

- Acho que é a maneira como toca, sinceramente.. não sei. Mas é tão lindo!

- Mas para ti tudo o que for palheta dupla é lindo.

- Não tenho culpa das palhetas duplas serem fofinhas, lindas, maravilhosas…

- E sim, realmente toca muito bem – disse Michael – deve ser um óptimo oboísta

- Estás a ver, até me dás razão. – dizia enquanto não tirava o olhar da TV.

Luís desce as escadas e junta-se a eles. Rafael atirou os olhos da TV para ver Luis aproximar-se.

- Muito divertidos por aqui – disse olhando para eles, sentou-se no sofá  - Estás melhor, Mike?

- Estou.

- Hmm… um concerto.. – disse olhando para a TV, mas de repente ele reconheceu alguém no meio da orquestra, o que o deixou espantado - aquele não é o António??

- Quê? – disse Rafaela olhando rapidamente para a TV – é ele!! O solo é do Senpai!!

(* O *) nyaaaaaaaaaaaa~

- Estado Critico! – disse Luís olhando para a Rafaela – só podia ser a minha sobrinha a ficar assim

Luís e Michael começaram a rir.

Dois dias se passaram, Rafaela fizera o que prometera ao seu avô e aproveitou o facto de ser um fim de semana para encurralar Michael no seu quarto, como todos gostaram da ideia, Michael foi obrigada a permanecer trancado no seu quarto, estando sempre vigiado por KITT que dizia ‘’Uma maneira boa e divertida’’. Mas esse fim de semana divertido terminou, e na segunda feira pela manha, a rapariga acordou com o som do seu despertador, como às vezes era irritante esse som, principalmente quando significava ter que levantar-se do quentinho e ir para a escola, mas lembrou-se que assim, teria a oportunidade de estar com as suas amigas e por isso levantou-se, desligou o despertador e começou a despachar-se para ir para a escola. De seguida, quando já estava despachada e pronta para descer espreitou o canto de Kero, mas este ainda não havia regressado ‘’que estranho, ele já saiu à tanto tempo... deve ter ficado com o Yue uns tempos’’ olhou para o relógio ‘’nyaaa que tarde’’ pegou na mala e a correr saiu do quarto e desceu as escadas em direcção à sala de jantar. Rafaela quando chegou à sala de jantar ficou sorpreendida com o que via, não havia ninguém naquela sala, o que era muito estranho. Foi então que Luz saiu da cozinha com algumas coisas que trazia para o pequeno almoço.

- Bom dia, Luz!

- Bom dia, menina! – Disse posando as coisas na mesa – hoje acordou cedo

- Hoje tenho que ir mais cedo para a escola.

- Estou a ver, menina. – disse sorrindo.

- Luz, espera que eu ajudo! – disse enquanto se aproximava de Luz e pegava numas chávenas

- Não é preciso, menina! Assim a menina ainda se atrasa

- Vamos, não te preocupes, eu não me atraso – sorriu e continuou a ajudar - eu hoje consegui acordar mais cedo que o avô – foi então de por breves momentos ela baixou o olhar – o avô a esta hora já está sempre levantado…

- O Devon anda muito cansado – respondeu ao ouvir o comentário da menina – deve ser devido a tudo o que se tem passado…

‘’ É verdade, o avô a esta hora já costuma estar acordado a tomar o pequeno almoço, é sempre o primeiro a levantar-se, mas com tudo o que aconteceu, o avô ficou muito preocupado e esgotado, os tios, o papá e eu ainda tentámos aliviar as coisas, mas o avô estava mesmo muito preocupado, o tio Richard até continua a chama-lo de barata tonta para ver se ele reagia, mas ainda nada, como agora já está tudo bem, de certeza que mais uns dias e o avô está como novo’’

Rafaela tomou o pequeno-almoço, pegou na mala e ia a sair quando se cruzou com Richard

- Bom dia, tio!

- Bom dia, querida! Já levantada?

- Sim, hoje tenho de ir para a escola mais cedo, a professora de matemática enviou um recado para irmos mais cedo.

- Eu tenho a sorte de hoje entrar mais tarde. E agora vou tomar o pequeno-almoço, estou cheio de fome.

- Fazes bem, tio, porque precisas de muita energia para ir trabalhar

- Claro! – riu.

No cimo das escadas, a porta do quarto de Michael abre-se e este sai

- Bom dia, Filhota! Bom dia, Richard!

- Bom dia, papá! – disse Rafaela acenando a Michael ao fundo das escadas

- Bom dia, Michael! – disse sorrindo

- Bem, papá, vou andando! Ate logo!

- Ate logo, filhota!

- Até logo, Tio!

- Até logo!

A jovem Knight olhou para os dois, sorriu e saiu a correr. A meio do caminho abrandou o passo e olhando para o céu sorriu inocentemente, na ignorância do que estava para acontecer.

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